quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Alguns Pensamentos de Nietzsche - Jorge Luis Borges

Este ensaio foi publicado em 11 de fereiro de 1940, no jornal La Nacion.
Nesta época conflituosa de guerras, Nietzsche havia morrido aproximadamente há 40 anos e o seu viés antisemita, mais tarde confirmado por Erich Fromm no livro A Análise do Homem, já era corrente.
Vejamos como inicia este este ensaio:


Sempre a glória é uma simplificação e às vezes uma perversão da realidade: não há homem célebre a quem não o calunie um pouco sua glória. Para a América e para a Espanha, Arthur Schopenhauer é primordialmente o autor de O Amor, as mulheres e a morte: rapsódia fabricada com fragmentos sensacionais por um editor levantino. De Friedrich Nietzsche, discípulo rebelde de Schopenhauer, já observou Bernard Shaw (Major Barbara, Londres, 1905) que era a vítima mundial da frase "besta loira" e que todos atribuíam seu renome e limitavam sua obra a um evangelho para valentões. Apesar dos anos transcorridos, a observação de Shaw não perdeu sua validez, sem bem que devemos admitir que Nietzsche tenha consentido e talvez tenha cortejado este equívoco.
Como termina eu também não sei, mas quando concluir esta tradução todos saberemos.
! Hasta más ver!

 

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